Servidores do Detran e de auto escolas teriam sido presos.
Eles são suspeitos de fraudes na emissão de Carteiras de Habilitação.
“Operação Blitz”. O objetivo da ação é prender suspeitos de fraudar a emissão de Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Mais de 60 mandados de prisão preventiva e 86 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em dezoito municípios paraenses, entre eles Belém, Capanema, Bragança e Abaetetuba.
A operação é resultado de um ano de investigações. Servidores do
Departamento de Trânsito do Estado e integrantes de Centros de Formação
de Condutores (CFC), as chamadas auto-escolas, são suspeitos de
participar de um esquema de fraudes na emissão de CNHs. Além do esquema
funcionar em municípios paraenses, a polícia confirmou que os crimes
também envolviam transferência de processos de habilitação em outros
estados.
"A investigação policial teve início há um ano, quando foram detectados
indícios das fraudes. Todas as Circunscrições Regionais de Trânsito
(Ciretrans) foram investigadas, quando descobriu-se que as fraudes
envolviam a venda de CNHs", explica o delegado geral Rilmar Firmino.
A polícia afirma que as pessoas sequer realizavam os exames
determinados pelo Código de Trânsito Brasileiro e que entre os
envolvidos com a prisão decretada, 30 deles são servidores públicos,
entre eles o Procurador Geral do Departamento de Trânsito do Pará
(Detran). Dez em cada nove CNHs solicitadas eram aprovadas. A média
nacional é a emissão de quatro para cada dez solicitadas.
Segundo a polícia, os preços cobrados pelos esquemas fraudulentos
variavam de R$ 1,2 a R$ 4 mil e dependiam do pacote de serviços
oferecidos aos candidatos inabilitados e da categoria pretendida. A
investigação aponta que os candidatos davam início ao processo de
habilitação em alguns estados e finalizavam no Pará.
No total, 70 equipes da Polícia Civil estão nas ruas executando os
mandados. As investigações continuam e detalhes da operação serão
divulgados pela polícia no final da tarde desta terça-feira.A assessoria do Detran informou por telefone que o diretor do órgão só vai se pronunciar sobre o caso na coletiva de imprensa que será realizada durante a tarde.
Por Francisco Portela e Edil Aranha
Fonte: G1/PA
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