A caçamba de uma caminhonete em condições precárias é a única forma de transportar pacientes em situações de emergência de saúde na cidade de Manoel Urbano, no Acre.Com cerca de 7.500 habitantes e território que começa na divisa com o Amazonas e termina na fronteira com o Peru, o município também não tem hospitais e a única ambulância disponível está parada por falta de manutenção.
"Aqui trabalhamos só com prevenção, não com urgência. Não tem hospital, mas uma unidade mantida pelo estado", diz Eduardo Alencar dos Santos, secretário de saúde de Manoel Urbano.
Questionado sobre a condição da ambulância da cidade, o secretário afirmou que o carro é administrado pela unidade vinculada ao Estado. "A ambulância está funcionando em uma caminhonete adaptada. Ela roda, mas não sei em que situação se encontra."
A Unidade Mista de Saúde da cidade, segundo Santos, atende emergências e envia pacientes para Rio Branco ou Sena Madureira. A viagem dura mais de três horas se a estrada estiver em boas condições, e é praticamente impossível no período de chuvas.

O conforto é nulo, já que a maca, suja e sem fixação, foi alocada na caçamba como se fosse uma carga qualquer. Segundo Santos, o carro quase não é usado. "Aqui, atendimento de emergência é raridade", diz.
Responsável pela Unidade Mista de Manoel Urbano, Edilene Ad-Víncola explica que o trajeto também pode ser feito de avião, enviado da capital do estado. O voo leva cerca de 50 minutos. "Mas só liberam o avião durante o dia, porque a pista não tem iluminação", diz ela.


0 comentários:
Postar um comentário