O senador teve uma agenda toda voltada para apoiadores de Edmilson. Ele desembarcou em Belém no final da manhã, participou de um almoço com professores, gravou depoimento para o programa eleitoral e depois fez uma caminhada pelo bairro da Pedreira.
Em um encontro com militantes, disse que escolheu Edmilson Rodrigues porque ele reúne os três Ps que se deve observar em um candidato. “Passado, proposta e palanque”. O senador explicou que o palanque são as companhias do candidato. Disse que Edmilson tem as melhores propostas. Assim como Edmilson, Cristovam também já foi uma liderança do PT. Chegou a ser ministro da Educação no início do primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas deixou a legenda em meio a desavenças sobre investimentos para a área.
Ao comentar a aliança que, em Belém reúne PDT, PSol e PT, Cristovam disse que “o eleitor fica perplexo” e confessou que até ele ficou surpreso com algumas coligações. “Foram surpreendentes para mim que viajei o Brasil inteiro porque eu cheguei a fazer campanha para todos os números (de partidos). Em cada lugar a gente tem alianças diferentes”.
O senador garantiu, contudo, que o apoio a Edmilson se deu por convicção pessoal. “Aqui eu vim com prazer defender um candidato que vai além de alianças partidárias. Uma pessoa que representa um programa de governo com o qual eu sou totalmente sintonizado e uma pessoa com a qual eu tenho uma dívida porque foi o prefeito que espalhou com maior convicção o que eu iniciei no Distrito Federal”, disse, referindo-se ao programa Bolsa Escola, implantando por ele no Distrito Federal e trazido para Belém por Edmilson.
ESCOLAS
Na presença de Cristovam, o candidato do PSol prometeu implantar escolas de tempo integral em Belém, recriar o Bolsa Escola de um salário mínimo e erradicar o analfabetismo na cidade até 2016.
Ao comentar a política de alianças que une legendas que parecem não ter afinidades em vários Estados, o senador do PDT disse que o eleitor está em um processo de garimpagem. “Ele fica garimpando para encontrar algum candidato porque os partidos não estão tendo nitidez. O PSol é um dos poucos que estão tendo nitidez. O meu (PDT) não está tendo. Basta ver Macapá e outros lugares. Mas eu tenho a impressão que o eleitor termina identificando quais as pessoas que casam com o que ele está desejando”.
O candidato do PDT em Macapá é Roberto Goés, que foi preso pela Polícia Federal acusado de corrupção. Cristovam não irá ao Estado vizinho.
No Rio de Janeiro, o partido de Cristovam apoiou o à reeleição de Eduardo Paes (PMDB), mas o senador declarou voto no candidato do PSol, Marcelo Freixo. Apesar das discordâncias, ele afirma que não pretende trocar de legenda.
“Já sai de um partido (o PT) e sei como é duro. Nunca saí de casamento, mas deve ser tão difícil quanto sair de um partido, então não vou sair em nenhuma hipótese porque mesmo nesse meio ai (o PDT) tem uma marca que é o Brizola (o ex-governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola) e a educação. Ficar pulando de partido não é bom para imagem”.
Por Edil Aranha
Fonte: (Diário do Pára)
Fonte: (Diário do Pára)
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