O Ministério
Público Federal entrou com ação na Justiça pedindo suspensão de licença
para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em andamento no
Rio Xingu, nas proximidades do município de Altamira, no Pará. Na ação, o
MPF cobra da empresa responsável pela obra e operação da usina, a Norte
Energia, o cumprimento de diversas condicionantes previstas para as
áreas de saneamento e meio ambiente.
Os procuradores
do MPF pedem a suspensão da licença até que o cronograma das obras de
saneamento seja cumprido. Entre as obras pendentes está a implantação de
saneamento básico nos municípios paraenses de Altamira, Vitória do
Xingu, Belo Monte e Anapu.
Os procuradores
pedem, ainda, que a Justiça condene a Norte Energia a pagar indenização
por dano moral difuso e que a empresa seja obrigada a apresentar um
cronograma detalhado de execução das obras e reformas referentes a
esgotamento sanitário, abastecimento de água, aterro sanitário,
remediação (recuperação e revitalização da área) do lixão e drenagem
urbana que estão em atraso, com a demonstração da contratação das
medidas necessárias para a efetiva execução dessas obrigações.
Entre os
argumentos apresentados pelos procuradores está o de que boa parte das
condicionantes não saiu do papel, apesar de terem sido definidas como
obrigatórias em 2010 e de a maioria não estar seguindo o cronograma que
previa o início dessas obras ainda em 2011. As obrigações, informa o
MPF, foram determinadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) há três anos, para concessão da
licença prévia, e em 2011, para obtenção da licença de instalação.
A Norte Energia disse que só se manifestará sobre o caso após ser oficialmente informada da ação judicial impetrada pelo MPF. Com informações da Agência Brasil.
Por Edil Aranha e Francisco Portela
Fonte: Blog Altamira Hoje
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