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Alepa instala CPI para apurar contrato do Detran-PA durante gestão do PMDB

quinta-feira, 23 de maio de 2013


A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) oficializou ontem a terceira a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em tramitação na Casa. O CPI instalada ontem investigará o contrato de publicidade de quase R$ 23 milhões, firmado pela Alepa e a Castilho Propaganda e Marketing Ltda., durante a gestão peemedebista que se encerrou em 2010. O ato assinado ontem pelo presidente do Legislativo, Márcio Miranda, deve ser publicado hoje no Diário Oficial do Estado (DOE).
A CPI da Propaganda possui cinco vagas. Como membros titulares foram indicados pelos partidos os deputados Nélio Aguiar (PMN), Cilene Couto (PSDB), Simone Morgado (PMDB), Luzineide Farias (PSD) e José Maria (PT). Já como suplentes atuarão os deputados Augusto Pantoja (PPS), Ana Cunha (PSDB), Parsifal Pontes (PMDB), Fernando Coimbra (PSD) e Carlos Bordalo (PT). Após a publicação no Diário Oficial, o parlamentar mais idoso da comissão poderá convocar a primeira reunião do grupo que é a que vai definir quem será o presidente e o relator dos trabalhos.
Apresentada pelo deputado Nélio Aguiar (PMN), a CPI se propõe a passar a limpo as gestões de Lívio Assis e Alberto Campos, ambos indicados pelo PMDB durante o governo Ana Júlia. As investigações vão começar pelo procedimento administrativo aberto pela Corregedoria do órgão, em maio de 2012, que descobriu que os aditivos feitos ao Contrato 12/2008, firmado com a Castilho, foram irregulares. O primeiro aditivo, de mais R$ 375 mil, fez com que a conta alcançasse o valor máximo de reajuste de 25% previsto pelo artigo 55, V, da Lei 8666/93. Porém, para o período seguinte foi feito um 2º termo aditivo que reajustou os gastos para R$ 12.175.946,63 e em abril de 2010, um terceiro aditivo, em mais R$ 7.523.030,67.
A maior parte destes recursos estava sendo direcionada ao jornal "Diário do Pará", do senador Jader Barbalho (PMDB), que também controlava o Detran-PA à época. Mais de 17 títulos de protesto anexados ao processo 92978/13 mostram a cobrança de vultosas quantias diluídas em parcelas que variavam de R$ 9.600 a R$ 80 mil. 

Por Francisco Portela e Edil Aranha
Fonte: Jornal Amazônia  

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