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Chuvas fortes pioram as condições da rodovia Transamazônica no Pará

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Moradores cobram até R$ 100 para tirar veículos do atoleiro. (Foto: Reprodução/TV Liberal)
As fortes chuvas desta época do ano têm causado muitos prejuízos a motoristas e passageiros que trafegam pela rodovia Transamazônica, no sudeste do Pará. Atoleiros se formam em vários pontos da estrada, que ainda não é asfaltada. Um dos trechos mais complicados fica entre os municípios de Medicilândia e Uruará.
Nos últimos cinco dias as chuvas foram intensas na região e a dificuldade de trafegar na rodovia ficou ainda maior. Os veículos pesados enfrentam maior dificuldade para passar pelos atoleiros. Um caminhão tanque, carregado com 20 mil litros de óleo, não conseguiu passar pela lama e tombou na estrada.
Os motoristas que arriscam seguir a viagem acabam ficando atolados. E é nessa hora que entram em ação os moradores das margens da rodovia. Oito tratores ajudam os caminhoneiros a tentar vencer a lama, mas segundo o agricultor Cristiano Porfírio, o serviço não é de graça. “Caminhão grande a gente cobra R$ 100, carro pequeno R$ 30 e caminhonete R$70”, explica o morador.
Alguns motoristas estão parados no atoleiro há três dias e as cargas perecíveis já começam a estragar. Um carregamento com 15 toneladas de tomate, que veio da Bahia para Santarém corre o risco de se perder.
“Eu já liguei para o proprietário porque a situação está difícil. Esse tomate vai ser posto em um navio no porto de Manaus e já vai chegar com uma qualidade muito danificada”, explica o produtor rural Ademir de Camargo.
A situação crítica das rodovias deixa os passageiros preocupados e a longa espera prejudica quem precisa viajar com urgência. Mulheres, crianças e idosos sofrem com a falta de comida e água. O motorista Altemir Oliveira conta que os passageiros passam dificuldades. “Dormem amontoados dentro do ônibus e às vezes precisam fazer vaquinha para pagar o trator para puxar o carro”, conta.
A agricultora Maria Iris, que está doente, teve que caminhar uma longa distância para conseguir atravessar o atoleiro e seguir viagem para Belém. “Tem oito anos que eu faço tratamento em Belém e é obrigado a gente ir de balsa porque não tem estrada. Isso aqui não é de agora não, essa estrada Transamazônica aqui é abandonada. Os agricultores sofrem demais”, afirma.
 O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) foi procurado, mas não respondeu as solicitações.




Postado por Francisco Portela e Edil Aranha
Fonte: WD Notícias

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