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Concursados exigem nomeação na Seduc e fecham rua

terça-feira, 8 de julho de 2014

São 271 professores aprovados, apenas em Belém, aguardando nomeação. O resultado do primeiro concurso público do Estado voltado para preenchimento de vagas na Educação Especial saiu há mais de dois anos, mas os profissionais ainda não tiveram oportunidade de entrar nas salas de aula. De acordo com os concursados, existem mais de 1.000 professores remanejados ocupando irregularmente vagas que deveriam ser de novos efetivos. Ontem pela manhã, parte dos aprovados no concurso público realizaram protesto em frente à sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), na avenida Augusto Montenegro. O trânsito no sentido Icoaraci – Belém chegou a ser interditado e ficou lento.
Os aprovados no Concurso C-167, promovido para a Educação Especial, realizaram o ato visando pressionar o governo para nomear os novos docentes. A professora Mônica Wanzeler diz que o governo do Estado está sendo irresponsável ao deslocar professores do ensino regular para a Educação Especial. “Os professores da Educação Especial têm, no mínimo, uma especialização e uma formação específica para lidar com os alunos. Nós formalizamos uma denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho, denunciando estes mais de 1.000 professores, apenas em Belém, lecionando em situação irregular porque foram desviados de suas funções”, diz.
SEM JUSTIFICATIVA
Para o presidente em exercício da Associação dos Concursados do Pará (Asconpa), o advogado Virgílio Viga, não há justificativa para o governo do Estado não nomear os professores. “Há um déficit de profissionais na Educação Especial que poderia ser reduzido caso estes professores fossem nomeados. Nós já entramos com mandatos de segurança, pedindo essas nomeações, e consideramos intransigente e insensata essa postura do governo de se negar a negociar conosco”, pontua.
De acordo com Virgílio, em reunião com representantes da secretaria, foi informado aos professores que não seria possível realizar as nomeações por falta de orçamento. “Como é que o governo não tem orçamento se continua prorrogando, realizando novos contratos e mantendo professores em desvios de função?”, questiona o presidente em exercício do Asconpa.
SEDUC
Em nota, a Seduc informpou que uma comissão de cinco professores e um advogado, representando professores concursados para a rede estadual pública de ensino, foi recebida, ainda ontem, pela diretora de Educação Infantil e Fundamental da Seduc, professora Ana Cláudia Hage. “A diretora destacou que parte dos concursados ainda não foi efetivada em vitude do limite prudencial da folha de pagamento do Governo do Estado, ressaltando que a intenção da Seduc é chamá-los tão logo isso seja possível e em cumprimento à legislação em vigor”, diz o texto.
A secretaria informou ainda que uma comissão específica foi montada para verificar eventuais irregularidades com relação ao exercício de cargos no órgão.




Por Francisco Portela e Edil Aranha
Fonte: (Diário do Pará)



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