Deputados e especialistas criticaram o uso de
carne de jumento e de outros animais da espécie dos asininos no preparo
de refeições a detentos do sistema penitenciário e na rede pública de
ensino do Rio Grande do Norte. O assunto foi debatido em audiência
pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da
Câmara dos Deputados.
A proposta de consumo da carne de jumento é defendida pelo promotor de Justiça Sílvio Brito, da comarca de Apodi, cidade do interior do Rio Grande do Norte. No mês de março deste ano, o promotor, com o apoio do Ministério Público do estado, promoveu um almoço a 120 convidados, entre autoridades e moradores locais, que puderam degustar a carne do animal. Ele foi convidado a participar da audiência desta terça-feira, mas não compareceu sob a alegação de que o convite não chegou a tempo.
A proposta de consumo da carne de jumento é defendida pelo promotor de Justiça Sílvio Brito, da comarca de Apodi, cidade do interior do Rio Grande do Norte. No mês de março deste ano, o promotor, com o apoio do Ministério Público do estado, promoveu um almoço a 120 convidados, entre autoridades e moradores locais, que puderam degustar a carne do animal. Ele foi convidado a participar da audiência desta terça-feira, mas não compareceu sob a alegação de que o convite não chegou a tempo.
O presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos
Direitos Animais, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), criticou a ausência e
afirmou que o promotor está autorizando a morte de animais em
desrespeito à Constituição. "O promotor tem a função de respeitar e
proteger a Constituição brasileira. E ele fez o contrário. Ele feriu a
Constituição, porque a Constituição é clara no artigo 225, que é função
do poder público proteger a fauna e a flora. Ele que tinha que proteger,
e matou. Ele matou os animais dizendo que existia um grande crescimento
populacional da espécie e que precisava de comida para os presídios."
Segundo a Polícia Rodoviária Federal do Rio Grande do Norte, de 2012 até março deste ano, mais de 3 mil animais foram apreendidos nas estradas do estado, a maioria asininos. Na cidade de Apodi, uma fazenda abriga cerca de 900 jumentos apreendidos, que são mantidos pelo Poder Judiciário enquanto aguardam adoção.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal do Rio Grande do Norte, de 2012 até março deste ano, mais de 3 mil animais foram apreendidos nas estradas do estado, a maioria asininos. Na cidade de Apodi, uma fazenda abriga cerca de 900 jumentos apreendidos, que são mantidos pelo Poder Judiciário enquanto aguardam adoção.
Por Francisco Portela e Edil Aranha
Fonte: Agência Câmara
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