Presidente disse ser 'muito difícil' prever em quanto subirá a tarifa de luz.
Ela fez comparações com o governo FHC e descartou racionamento.
Em visita ao Pará para cumprir agenda "casada" de presidente e
candidata a reeleição Dilma Rousseff sobrevoou nesta terça-feira (5) os
canteiros de obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do
Xingu.
Ela destacou o potencial hidrológico do país e disse que o preço da
energia elétrica depende muito do volume de chuvas. Segundo a
presidente, não é possível fazer uma projeção do aumento das tarifas de
energia, já que o cálculo não seria exato.
"É muito difícil você estabelecer hoje qual é o impacto da tarifa. Nós
somos um país que tem um regime hidrológico muito sensível à água, não
só em termos de quantidade de energia disponível, mas sensível em termos
de preço", disse a presidente, que também criticou o pessimismo de
analistas sobre o preço da energia no país.
"Fazer o estudo [do impacto da conta de luz] é fazer várias suposições.
Não é um estudo matemático, em que você soma dois com dois e dá
quatro", explicou. "Eu acho que esses estudos são referenciais, tem para
todos os gostos, mas agora tem para um gosto, o do pessimismo",
Mesmo diante da seca nos reservatórios do sul do país, Dilma ressaltou
os investimentos no setor e descartou a possibilidade de racionamento de
energia elétrica.
"Não houve racionamento durante a Copa e nem vai haver racionamento
depois da Copa. Porque nós vivemos uma situação em que investimos muito,
tanto em transmissão quanto em geração", afirmou.
A presidente Dilma Rousseff no bandejão dos trabalhadores da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, em imagem divulgada por sua assessoria (Foto: Reprodução/Instagram) |
A presidente aproveitou para fazer uma comparação da gestão do setor
energético de seu governo com o período do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso.
"Para se ter uma idéia, em meus quatro anos, em geração, nós empatamos
com oito anos do governo Fernando Henrique. Nós fizemos em torno de 20
mil e eles fizeram 21 mil megawatts. Nós fizemos o dobro de linhas de
transmissão. Eles fizeram em torno de 10 mil e nós fazemos em torno de
21,22 mil. Então o que eu estou dizendo é o seguinte: nós nos preparamos
para isso. Óbvio que dependemos da hidrologia, mas esse país hoje,
quando diminui as chuvas, ele não entra em racionamento como ele entrava
no passado", concluiu.
Por Francisco Portela e Edil Aranha
Fonte: G1/PA
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