Os cidadãos que precisam cruzar a BR-230
(Transamazônica) enfrentam transtornos, diariamente, desde a queda da
ponte que ligava os municípios de Novo Repartimento e Pacajá, no sudeste
do Pará, no último dia 05 de agosto. O trecho é uma das principais vias
de acesso ao município de Altamira e ao canteiro de obras da
hidrelétrica de Belo Monte.
O desabamento da ponte, que ligava as
duas margens do rio Aratau, fez com que motoristas buscassem uma rota
alternativa para chegar aos destinos. Os condutores se arriscam por um
desvio que atravessa a vicinal Terra Rica, em Pacajá, e sai na vicinal
da Vila do Maracajá, em Novo Repartimento. De lá, os condutores podem
retornar à rodovia Transamazônica. O trecho de aproximadamente 50
quilômetros, em estrada de terra, já apresenta diversas avarias causadas
pelo tráfego recente de veículos.
Enfrenta problemas também a parcela da
população que faz viagens intermunicipais de ônibus e agora precisa
pagar taxas extras a barqueiros que realizam a travessia no rio Aratau
(antes feita diretamente pela ponte). Os donos das embarcações estariam
cobrando preços de até R$ 5 para realizar o transbordo.
As pessoas que atravessam nas canoas e
pequenas embarcações ainda correm riscos por causa da grande quantidade
dos peixes da espécie poraquês presente nas águas locais. Os animais
podem chegar a três metros de comprimento e produzir descargas elétricas
de até 1.500 volts.
Contatos foram feitos com o Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNit), órgão responsável
pela rodovia, mas não foi dada nenhuma posição sobre o que vai ser feito
para amenizar o problema.
Por Francisco Portela e Edil Aranha
Fonte: Diário do Pará
0 comentários:
Postar um comentário