Dois homens, entre os quais um vigilante, estão presos em Altamira, sudoeste do Pará, acusados de integrar uma quadrilha responsável pelo furto de um caminhão transportador de cargas de cigarros da empresa Souza Cruz. Com os acusados, foram encontrados armas de diversos calibres, munição e acessórios para armamento, além de dinheiro da renda da empresa e caixas de cigarros. Outros integrantes do bando já estão identificados e terão as prisões solicitadas à Justiça.
As investigações começaram assim que a equipe da superintendência da Polícia Civil do Xingu tomou conhecimento do furto do caminhão, com a carga e o dinheiro da renda da venda de caixas de cigarro. A equipe apurou junto à empresa que o cofre no caminhão continha o valor de R$ 96 mil em dinheiro. O veículo foi desviado de rota e levado para a zona rural do município, e localizado, após buscas, em um ramal localizado no quilômetro 23 da rodovia Transamazônica.
O veiculo estava com ligação direta feita, cofre com sinais de arrombamento por maçarico e baú de carga aberto. Os policiais passaram a levantar informações no perímetro, mais precisamente na Agrovila Piauiense. Informações deram conta de que uma casa havia sido alugada há pouco tempo por pessoas suspeitas, entre elas um homem conhecido por Luiz. No local, foi encontrado apenas o sobrinho do suspeito, Marcelo Max Costa Alves.
Marcelo afirmou que morava ao lado do imóvel alugado. Os policiais encontraram a porta da frente da casa com a chave para o lado de fora da fechadura. Dentro de um dos quartos estavam uma arma de fogo tipo espingarda calibre 20 e uma carteira porta cédulas contendo documentos em nome de Marcelo Max. Os policiais apreenderam ainda um revólver calibre 22; 16 cartuchos de calibres 20 e 32; um estojo de chumbinho para rifle; três celulares; 98 munições de calibre 22; duas gandolas (vestimentas) camufladas e uma bermuda do Exército Brasileiro, além de uma lanterna com visor noturno.
Dentro de um quarto, debaixo de objetos velhos, havia uma caixa de cigarros com seis maços e a quantia em dinheiro de R$ 4.887. As cédulas ainda estavam úmidas, com sinais de fogo. Todo material encontrado foi apreendido. Na carteira porta cédulas de Marcelo, os policiais encontraram oito comprovantes de depósito bancário feitos no último dia 26 em uma agência da Caixa Econômica Federal, totalizando R$ 12 mil. Marcelo afirmou que, naquela data, o tio lhe convidou para ir até o banco para fazer os depósitos, mas alega que não sabe a origem do dinheiro depositado em sua conta. Ele foi apresentado na Polícia Civil juntamente com o material apreendido.
Durante a continuidade das investigações, outras pessoas foram identificadas por envolvimento no furto. Uma delas é o vigilante Josafá Vitorino do Nascimento, que fazia parte da escolta do caminhão. Na casa dele, os policiais apreenderam R$ 17 mil em dinheiro e uma escopeta calibre 12; um revólver; doze munições, das quais seis de calibre 12 e outras seis de calibre 38, e ainda crachá funcional de uma empresa de vigilância privada em nome do vigilante.
Os policiais encontraram ainda na casa dele um telefone celular; um carro Gol de placa AVX-7279, do Estado do Paraná, com adesivos da empresa de vigilância; um fardamento da empresa; um colete à prova de balas; um cinto tático e um bornal de perna - espécie de bolsa porta-objetos. Havia ainda, no imóvel, um coldre de perna (porta armas). O vigilante foi interrogado e confirmou a participação no furto. Ele revelou o envolvimento de Luiz, tio de Marcelo Max, no furto junto com os outros três suspeitos investigados.
Os bandidos usaram dois carros, na versão do vigilante, no crime. "As investigações em andamento já indicam que os dois presos e os demais já identificados fazem parte da mesma quadrilha que tentou furtar o caixa eletrônico do Banco do Brasil no município de Brasil Novo, ano passado, e também do bando que conseguiu furtar mais de R$ 100 mil em espécie de um caixa eletrônico do Banco do Brasil que ficava em um supermercado no centro da cidade de Altamira, usando maçarico para cortar tanto o cofre como os caixas", explica o delegado Cristiano Nascimento.
Os dois presos foram indiciados por furto qualificado, formação de quadrilha, porte ilegal de arma de fogo e munições e ainda por danos. Os demais envolvidos serão indiciados pelos mesmos crimes e terão as prisões preventivas solicitadas à Justiça.
Por Edil Aranha
Fonte: O Xingu
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