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Prefeitos cobram definição do governo

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Cerca de 15 dias. Este foi o prazo estimado pelo diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), general Jorge Fraxe, para que a Marinha se posicione quanto a definição do projeto executivo que servirá de base para a realização das obras de derrocamento, dragagem e sinalização do Pedral do São Lourenço.
A informação foi passada na tarde de ontem, em reunião na sede do Dnit, que contou com a presença do presidente da Federação dos Municípios do Estado do Pará (FAMEP), Helder Barbalho, acompanhado de vários prefeitos e representantes da região, além dos parlamentares da bancada paraense. A obra do Pedral do Lourenço, como é conhecida, se arrasta há vários anos e é fundamental para a navegabilidade da hidrovia Araguaia-Tocantins. Sem ela, as tão esperadas eclusas da hidrelétrica de Tucuruí perdem a função.
Dois estudos, um feito pela mineradora Vale e outro pela Universidade Federal do Pará, servirão como referencia para o desenvolvimento do projeto executivo. Segundo o diretor do Dnit, a palavra final será dada pela Marinha, com quem o diretor já teria mantido contato pedindo agilidade na resposta. “A Marinha dará a última palavra em termos de segurança da navegação, metodologia e largura do canal”, afirmou Fraxe.
“Vamos aguardar notícias do Dnit e da Marinha nesse prazo de 15 dias e esperamos, concretamente, poder avançar, o mais breve possível, para a fase de licitação”, afirmou o presidente da Famep. Para Helder Barbalho, os municípios, juntamente com a bancada do Pará, demonstraram que estão unidos na priorização da obra.
A deputada Elcione Barbalho lembrou que a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, já havia se comprometido que o projeto do Pedral do Lourenço seria priorizado pelo Governo Federal. A deputada ressaltou que uma parte importante do desenvolvimento econômico da região está travada pela não realização da obra. “Mais de uma vez, aloquei recursos para essa obra, que acabaram sendo contingenciados, cortados. Espero que com toda a bancada unida para cobrar celeridade, juntamente com os prefeitos e representantes da região, possamos ter uma resposta definitiva e rápida”.
De acordo com o diretor executivo do Dnit, Tarcísio Freitas, o próximo passo será conseguir a licença ambiental. Segundo ele, é muito provável que o Ibama delegue esta competência para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), por se tratar de uma obra local. O Ministério Público do Pará já havia questionado uma licença ambiental concedida anteriormente pela SEMA ao projeto. Só após a licença acontecerá a fase de licitação. “Nada impede, contudo, que possamos caminhar paralelamente, tratando com o Ibama e iniciando os trabalho de construção o termo de referência”, explica Freitas.
“Espero que o Governo Federal entenda, de uma vez por todas, que esta não é uma obra de consenso apenas entre os representantes do estado do Pará, mas que é uma obra fundamental para o desenvolvimento do Brasil”, afirmou o prefeito João Salame, de Marabá. Salame ressaltou os benefícios da opção pelo transporte hidroviário na região Norte, com custos de manutenção muito menores que os das rodovias.
O coordenador da Bancada do Pará no Congresso Nacional, deputado Beto Faro, afirmou que a Bancada agendará nova reunião no Dnit, em um prazo de 20 dias. “Nossa intenção já é sair com um calendário dos próximos passos até a licitação”, garantiu ele.


Por Francisco Portela e Edil Aranha
Fonte: (Diário do Pará)

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