Eles pedem o asfaltamento da rodovia.
Moradores acampam há cinco dias na divisa do Pará com o Tocantins.
Moradores do sudeste do Pará interditam há cinco dias a BR-230,
conhecida como rodovia Transamazônica. Os manifestantes estão acampados
na divisa do Pará com Tocantins e pedem o asfaltamento da rodovia em um
trecho de 22 quilômetros.
Os manifestantes chegaram a construir uma barraca na pista que está
bloqueada. Desde a última sexta-feira (26) os moradores da Vila do Porto
da Balsa e das cidades Palestina do Pará e Brejo Grande do Araguaia estão acampados na rodovia.
Os moradores reclamam da falta de asfalto no trecho e afirmam que só
liberam a rodovia quando forem atendidos. “Nós só saímos daqui quando
vier alguém do Governo Federal, do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transporte (Dnit), para tomar uma decisão. Só saímos
daqui quando começarem a trabalhar”, explica o manifestante José Oscar.
No período de chuva, o trecho sem asfalto fica totalmente intrafegável
devido à lama. No verão, é a poeira que tira a visão dos motoristas. Nas
margens da rodovia é possível perceber a intensidade da poeira. A
vegetação esta coberta por um pó fino que sai da estrada.
Com o bloqueio da rodovia, os caminhões se aglomeram nos postos de
combustíveis em Araguatins, no estado de Tocantins. “Nós somos a favor
da manifestação deles, mas já faz quatro dias que nós estamos aqui,
então eu acho eu a nossa parte de ajudar eles já deu. Eu acho que agora
eles deviam liberar a gente que está aqui e depois eles voltam a trancar
outra vez”, conta o motorista Claro Donizete.
O motorista Divino José seguia para Marabá com um carregamento de ovos.
A preocupação dele é com os prejuízos. “Está calculado mais ou menos em
R$ 42 mil uma carga dessa, fora o frete”, explica o motorista.
A reportagem tentou contato com o Dnit, mas ninguém foi encontrado. A
Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que, de acordo com os
manifestantes, a interdição será mantida até pelo menos dia 5 de agosto,
sem possibilidade de negociação.
Por Francisco Portela e Edil Aranha
Fonte: G1/PA
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