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(Foto: Marco Santos/Diário do Pará) |
O evento iniciou por volta das 10h30 no
auditório do Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas. Aos poucos,
cerca de 30 manifestantes se levantaram, ergueram cartazes e faixas e
começaram a gritar palavras de ordem cobrando o PCCR de Simão Jatene. O
constrangimento foi imediato. Alguns militares presentes chegaram a
partir para cima dos servidores, mas não houve desforço físico e todos
permaneceram no auditório.
Os manifestantes permaneceram no local
durante todo o evento e alternavam vaias e palavras de ordem nas falas
do governador e das autoridades do Estado que falaram na solenidade. Na
faixas, os servidores afirmavam que cumpriram a sua parte no combate à
febre aftosa mas o governador não. “Ministro, se o Pará está livre da
Aftosa deve-se aos servidores da Adepará. Exigimos PCCR justo já!” ou
“Queremos um salário digno da zona livre!”, escreveram os manifestantes.
Jatene não respondeu aos apelos e nem tratou sobre o PCCR, afirmando em
seguida que só trataria do assunto ao final da cerimônia.
A solenidade encerrou por volta das 12h30 e
os manifestantes não deixaram o governador sair do local. Simão Jatene
se viu obrigado a reunir para ouvir as reivindicações dos manifestantes.
A comitiva ministerial e as demais autoridades seguiram para almoço,
onde o governador não apareceu.
Além das vaias, o governador teve que
enfrentar outro constrangimento: em sua fala no evento, Mário Lúcio
Costa, presidente do Sindicato Rural de Paragominas, disse que a questão
ambiental não era o principal entrave à pecuária e ao agronegócio no
Pará, mas sim a péssima condição das estradas do Estado e a falta de
titulação de terras, o que obriga os produtores a trabalharem às margens
das rodovias.
Carlos Xavier, presidente da Federação da
Agricultura e Pecuária do Estado do Pará (Faepa) também apoiou
publicamente a reivindicação dos servidores da Adepará. Na reunião, o governador pediu um prazo para avaliar a reivindicação dos servidores.
Por Francisco Portela e Edil Aranha
(Diário do Pará)
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