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Após fim da greve, professores da rede estadual voltam às salas de aula

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Greve da categoria durou 53 dias e foi marcada por protestos em Belém.
Seduc e professores devem estudar calendário de reposição de aulas.

A semana começa com o retorno dos professores da rede estadual de ensino às salas de aula do Pará, depois de 53 dias de greve. Também nesta segunda-feira (18), a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e os professores devem começar a estudar o calendário de reposição das aulas, uma vez que cada escola apresenta uma situação diferenciada.
A decisão pelo fim da greve foi votada pelos docentes em assembleia geral realizada na última quinta-feira (14), em Belém. A categoria aceitou a proposta do Governo do Estado de pagar a primeira parcela do retroativo, referente ao piso nacional de 2011, a partir de janeiro de 2014. As demais parcelas serão pagas mediante o acréscimo real da arrecadação estadual.
As aulas já haviam sido retomadas em algumas escolas estaduais de Belém e do interior, desde a semana passada em função da contratação de temporários e do retorno de parte dos grevistas. Na Escola Augusto Meira, localizada na avenida José Bonifácio, 20 das 23 turmas existentes já funcionavam normalmente, segundo a Seduc.
Em Belém, as aulas já tinham retornado em outras instituições como nas escolas Deodoro de Mendonça, Zacharias de Assumpção, Orlando Lobato e Castelo Branco, entre outras.
 A greve dos professores
A greve começou no dia 23 de setembro. Segundo o sindicato da categoria, 74 mil professores aderiram ao movimento e 80% das escolas estaduais ficaram sem aula.
Durante dois meses, foram vários protestos. Os professores chegaram a ocupar a sede da Secretaria Estadual de Educação por três dias. Houve confronto com a tropa de choque, que impediu a entrada de comida para os professores acampados no local.
No início de novembro foi realizada a marcha pela educação. Em apoio aos colegas da rede estadual, a rede municipal de ensino também paralisou as atividades por 24 horas. No fim da caminhada, os professores derrubaram as grades do portão da Assembleia Legislativa do Estado, na Cidade Velha. Eles acamparam no local por uma semana.
O último ato foi na quarta-feira (13), quando os professores se reuniram em frente ao Tribunal de Justiça do Pará, para pedir uma reunião com o desembargador  Ricardo Nunes. A ideia era fazer que ele intermediasse as negociações com o governo do estado.
No total foram oito reuniões com o governo do estado. Quatro delas intermediadas pelo Ministério Público do Pará. Na pauta de reivindicações, estavam: a regulamentação das aulas suplementares, reformas nas escolas e material didático de qualidade, plano de cargos, carreiras e remuneração unificado, jornada de trabalhado de acordo com o PCCR e o pagamento retroativo do piso salarial de 2011(considerado um dos principais entraves das negociações com o governo do Estado).

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