Greve da categoria durou 53 dias e foi marcada por protestos em Belém.
Seduc e professores devem estudar calendário de reposição de aulas.
A semana começa com o retorno dos professores da rede estadual de
ensino às salas de aula do Pará, depois de 53 dias de greve. Também
nesta segunda-feira (18), a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e
os professores devem começar a estudar o calendário de reposição das
aulas, uma vez que cada escola apresenta uma situação diferenciada.
A decisão pelo fim da greve foi votada pelos docentes em assembleia geral realizada na última quinta-feira (14), em Belém.
A categoria aceitou a proposta do Governo do Estado de pagar a primeira
parcela do retroativo, referente ao piso nacional de 2011, a partir de
janeiro de 2014. As demais parcelas serão pagas mediante o acréscimo
real da arrecadação estadual.
As aulas já haviam sido retomadas em algumas escolas estaduais de Belém
e do interior, desde a semana passada em função da contratação de
temporários e do retorno de parte dos grevistas. Na Escola Augusto
Meira, localizada na avenida José Bonifácio, 20 das 23 turmas existentes
já funcionavam normalmente, segundo a Seduc.
Em Belém, as aulas já tinham retornado em outras instituições como nas
escolas Deodoro de Mendonça, Zacharias de Assumpção, Orlando Lobato e
Castelo Branco, entre outras.
A greve dos professores
A greve começou no dia 23 de setembro. Segundo o sindicato da categoria, 74 mil professores aderiram ao movimento e 80% das escolas estaduais ficaram sem aula.
A greve começou no dia 23 de setembro. Segundo o sindicato da categoria, 74 mil professores aderiram ao movimento e 80% das escolas estaduais ficaram sem aula.
Durante dois meses, foram vários protestos. Os professores chegaram a
ocupar a sede da Secretaria Estadual de Educação por três dias. Houve
confronto com a tropa de choque, que impediu a entrada de comida para os
professores acampados no local.
No início de novembro foi realizada a marcha pela educação. Em apoio
aos colegas da rede estadual, a rede municipal de ensino também
paralisou as atividades por 24 horas. No fim da caminhada, os
professores derrubaram as grades do portão da Assembleia Legislativa do
Estado, na Cidade Velha. Eles acamparam no local por uma semana.
O último ato foi na quarta-feira (13), quando os professores se
reuniram em frente ao Tribunal de Justiça do Pará, para pedir uma
reunião com o desembargador Ricardo Nunes. A ideia era fazer que ele
intermediasse as negociações com o governo do estado.
No total foram oito reuniões com o governo do estado. Quatro delas
intermediadas pelo Ministério Público do Pará. Na pauta de
reivindicações, estavam: a regulamentação das aulas suplementares,
reformas nas escolas e material didático de qualidade, plano de cargos,
carreiras e remuneração unificado, jornada de trabalhado de acordo com o
PCCR e o pagamento retroativo do piso salarial de 2011(considerado um
dos principais entraves das negociações com o governo do Estado).
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