Simão Jatene é o 5º pior
governador do país. 78% da população paraense avaliou seu governo como
“regular, ruim ou péssimo” - ou seja, apenas 22% consideram sua
administração ótima ou boa. Além disso, 61% dos entrevistados pelo Ibope
revelaram que não confiam
em Jatene e 57% desaprovam seu governo. O resultado da pesquisa
CNI/Ibope divulgada na sexta (13), aponta que o governador Simão Jatene
(PSDB), é considerado ótimo por apenas 5% da população e bom para 17%.
Quando perguntado ao eleitor em
quais áreas Simão Jatene está tendo o melhor desempenho, 31% disseram
que em nenhuma das 22 áreas governamentais citadas. A que recebeu a pior
avaliação foi a saúde,
com 58% considerando a pior área administrada pelo Estado do Pará. Os
temas segurança pública e violência vêm em seguida, com 38% de avaliação
negativa. A educação foi rejeitada por 30%. O combate às drogas por 16%
e a geração de empregos por 13%. Cada entrevistado pode apontar três
áreas específicas.
Simão Jatene fica atrás apenas do governador do Rio
de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que teve a quarta pior avaliação do
país; de Camilo Capiberibe (PSB), do Amapá; de Agnelo Queiroz (PT), do
Distrito Federal; e de Rosalba Ciarlini (DEM), do Rio Grande do Norte,
considerada a pior governadora do país, com apenas 7% de aprovação.
Por outro lado, nosso vizinho, o Amazonas, considerou o governador Omar Aziz como o melhor do Brasil,
com 74% de ótimo ou bom. A pesquisa ouviu 15.414 eleitores acima de 16
anos, entre os dias 23 de novembro e 2 de dezembro, em 727 municípios. A
margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
DILMA
A pesquisa Ibope mostra ainda que a
popularidade de Dilma Rousseff voltou a subir. O número de pessoas que
considera o governo ótimo ou bom aumentou de 37% (setembro) para 43%. O
percentual que aprova a maneira de governar de Dilma subiu para 56%. No
Pará, a avaliação positiva é de 47%. Ao todo, 69% dos paraenses aprovam a
maneira de governar e 65% confiam na presidente Dilma.
O combate à fome e à pobreza é a ação
mais mais bem avaliada pelos brasileiros (53% de aprovação no Brasil e
58% no Pará). O Pará considera a saúde como a pior área do governo Dilma
(66% de desaprovação).
Para deputado, Jatene não tem vocação para o governo
“Omisso, alienado, acovardado,
preguiçoso e incompetente”, estes foram os adjetivos usados pelo
deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) para classificar o governador
Simão Jatene em discurso da tribuna do Plenário da Câmara dos
Deputados. Ele lembrou que, ao contrário dos outros estados vizinhos ao
Pará, que vêm desenvolvendo sua economia, o Pará estagnou.
“É essa situação vergonhosa, que é ter
um governo do Estado do Pará omisso, alienado, acovardado, preguiçoso,
incompetente e mais adjetivos que queiram colocar nessa linha... Nós
temos um governador que não tem vocação para ser governante, para ser
executivo, para prestar serviço ao cidadão, ao povo”, destacou Queiroz
em seu discurso.
O deputado paraense lembrou que Jatene
nunca visitou a maior parte das cidades paraenses do Estado, que soma
extensão territorial de 1,2 milhão de quilômetros quadrados e 144
municípios. “...Esse aí [Jatene] é um governador omisso, alienado,
displicente, que não se incomoda com a situação precária em que vivemos
no Pará, em nenhuma área, seja educação, saúde, segurança pública,
estradas, meios de produção”.
Baixos investimentos contra uma violência galopante
O Pará foi destaque na 7ª edição do
Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em novembro pelo
Ministério da Justiça. O estudo mostra que os índices de violência no
Pará crescem a cada ano - uma das maiores taxas de homicídio doloso do
país. No Pará, em 2012, foram registradas 39 mortes por 100 mil
habitantes contra 37,9 em 2011.
Segundo o Mapa da Violência 2013,
elaborado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americano, de 8,5
mortes por cada 100 mil habitantes registradas em 2000, o Pará saltou
para 34,6. Entre os estados que apresentaram as mais altas taxas de
homicídios estão Alagoas (55,3), Espírito Santo (39,4), Pará (34,6),
Bahia ( 34,4) e Paraíba (32,8). Pará, Alagoas, Bahia e Paraíba estão
entre os cinco estados que mais sofreram com o aumento da violência na
década. No Pará, o número de assassinatos aumentou 307,2% .
BAIXO INVESTIMENTO
Coincidentemente, estes estados – com
exceção de Alagoas e Espírito Santo – estão no ranking dos dez mais
baixos investimentos per capita, conforme mostrou o DIÁRIO. De acordo
com a reportagem, uma vida no Pará vale R$ 181,41. Este foi o valor pago
pelo governo do Estado por cada cidadão para garantir a segurança em
2012. O investimento per capita, ou por habitante, é o 5º menor do país.
Pará estagna enquanto estados vizinhos melhoram
A pesquisa Ibope-CNI, divulgada na
sexta, comprova o que vem sendo repetido em relatórios e pesquisas de
várias instituições: a gestão pública do Pará é uma das piores do
Brasil. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o Pará só
regrediu na última década, caindo 5 posições na avaliação do índice de
desenvolvimento humano (IDH) das cidades (19º para o 24º lugar).
VIZINHOS: MELHORES
Os vizinhos Tocantins e Amazonas foram
os estados brasileiros cujas cidades tiveram os maiores avanços sociais,
subindo quatro posições no ranking. Tocantins pulou do 18º para o 14º e
o Amazonas foi do 22º para o 18º. O 1º lugar é do Distrito Federal.
Para montar o ranking, apresentado no
fim de julho, a ONU leva em consideração indicadores do censo
demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice varia de zero (nenhum
desenvolvimento humano) a um (desenvolvimento humano total). Países com
IDH até 0,499 têm desenvolvimento humano considerado baixo. Países com
índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento e
países com IDH superior a 0,800 têm desenvolvimento humano considerado
alto.
Abaixo de 0,499 são considerados índices muito baixos. O Pará tem oito municípios nessa faixa.
Os com índices baixos somam 88. Em todos
estes municípios, o indicador educação foi o pior avaliado, não
conseguindo ultrapassar 0,500 em uma escala que vai até 1,0.
POBREZA
Com a divulgação do “Atlas do
Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, da ONU, a cruel realidade dos
paraenses acabou sendo destaque na imprensa nacional: o pior município
brasileiro em condições de vida é Melgaço, no Marajó, que ocupa a última
posição entre 5.565 municípios.
Entre os 50 piores municípios do Brasil,
12 são do Pará, incluindo 8 dos 16 do Marajó. Em todos os níveis
educacionais são os piores.
Mais recentemente, o Pará passou novo
vexame em pesquisa internacional. Desta vez foi o Programa Internacional
de Avaliação de Alunos, elaborado pela Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Pará é o 5º pior colocado entre os
estados. A pior nota dos estudantes paraenses foi em Matemática, com
média 360, abaixo da média nacional de 391. Os estudantes paraenses
ficaram abaixo da média nacional também nos quesitos leitura e ciências.
BEM-ESTAR
O Pará foi destaque também na divulgação
do Índice de Bem-Estar Urbano (Ibeu), elaborado pelo Observatório das
Metrópoles, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT). O
estudo colocou Marituba, na Região Metropolitana de Belém, como o pior
em índice de saneamento básico entre 289 cidades pesquisadas. Santa
Bárbara do Pará (2ª pior), Benevides (5ª), Ananindeua (6ª) e Santa
Izabel do Pará (9ª) também foram listadas.
Postado por Frnacisco Portela e Edil Aranha
Fonte: (Diário do Pará)
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