Crime bárbaro aconteceu em um ramal às proximidades da BR-316, em Benevides
Sem os olhos, carbonizado e jogado em um
ramal. Nessas circunstâncias apareceu na manhã de segunda-feira (30) um
cadáver que chamou a atenção de moradores da estrada do Maratá, num
ramal próximo à rodovia BR-316, em Benevides. Pouco se sabe sobre a
vítima e como ela foi parar ali. A polícia e populares acreditam que o
homem teria sido assassinado em outro lugar e atirado ali para desova.
A cena chamou a atenção de moradores de
lugares próximos a este local, que não é habitado. Um corpo carbonizado
dá o tom da crueldade de seus algozes. O homem era moreno, calvo, usava
tênis, calça comprida e uma camisa. Haviam poucos pedaços das roupas
ainda pelo corpo incendiado, mas o suficiente para confirmar que a
vítima estava vestida.
Logo, acionaram a polícia da cidade e os
peritos do Instituto Médico Legal (IML), que, de cara, detectou que a
vítima sofreu pelo menos duas perfurações. Cada olho tinha sinais claros
de disparos, tanto que dois buracos onde deveriam estar os olhos
estavam abertos, daí o grau de barbaridade da cena chocante.
Os peritos encontraram no local a tampa
de um recipiente que poderia ter guardado uma certa quantidade de
combustível que foi atirada no homem. Ao lado do corpo, uma nota de R$ 2
rasgada, mas com um recado escrito: “Quanto vale a vida dele”, num
claro sinal de que o crime tratou-se de uma vingança. A perícia recolheu
pedaços de tecidos do homem e o levou para o IML para que possa ser
reconhecido pela família. O crime deve ser investigado pela Divisão de
Homicídios.’
Polícia ainda não tem pistas sobre o crime
O corpo encontrado na estrada do Maratá
km 2, ontem ao nascer do dia, tinha sinal de um tiro no rosto, além de
marcas de golpe feito com objeto contundente na cabeça.
Logo a Polícia Militar foi acionada e
uma guarnição da 23ª AISP, comandada pelo cabo C. Araújo, fez-se
presente, tomando as providências de praxe.
A guarnição ouviu de um vigilante, que,
por volta das 4 horas, um automóvel Fiat Uno, branco, passou em alta
velocidade, vindo do interior do Maratá, rumo à via principal de
Benfica.
A vítima, teria cerca de 30 anos.
Moreno-claro, começava a ficar calvo, estatura mediana, estava com
restos não queimados de boa roupa. Em um dos pés, um tênis e no braço
esquerdo, um relógio que, teimosamente, ainda funcionava, mesmo tendo
sido parcialmente atingido pelo fogo.
No chão, marcas de manobra de um
veículo. Os PMs isolaram a área, tendo a estrada ficado fechada até o
final da perícia e remoção do cadáver.
O caso deverá ser apurado em inquérito,
pela Delegacia de Benfica. Até o final da tarde de ontem, o corpo
permanecia no Centro de Perícias “Renato Chaves”, sem identificação.
Por outro lado, a Polícia ainda não
havia conseguido nenhuma pista de quem tenha cometido o delito. Segundo
policiais de Benfica, somente com a identificação da vítima, será
possível levantar-se alguma pista.
Por Francisco Portela e Edil Aranha
Fonte: Diário do Pará
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