A partir de hoje, os servidores
estaduais do Pará fazem uma série de paralisações. Eles estão
insatisfeitos com os cortes do pagamento de gratificações e com o corte
do tempo integral.
Os primeiros a suspender as atividades
são os trabalhadores do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do
Pará (Igeprev) que cruzam os braços hoje. Amanhã, 30, os servidores da
Santa Casa irão paralisar e na próxima terça-feira, é a vez dos
funcionários da Fundação de Atendimento Socieducativo do Pará (Fasepa).
Hoje, às 10h, os servidores da Universidade do Estado do Pará (Uepa) se
reúnem para decidir a data da paralisação.
Os professores da rede estadual, que
no ano passado ficaram em greve por 50 dias, farão assembleia no próximo
dia 6 e dizem que se o governo não atender as reivindicações também
irão paralisar.
Segundo a Federação dos Servidores do
Pará, a insatisfação é geral e já começou a ser sentida pelos
professores da rede pública que não receberam o retroativo. “Nós não
temos mais esperanças de negociar com o governo. Parece que ele só
atende os trabalhadores depois de muita pressão e mobilização da
categoria”, ressaltou o presidente da federação, Valdo Martins.
REVOLTA
REVOLTA
Ele explicou que o estopim do
movimento foi provocado por dois decretos baixados este mês pelo governo
do Estado. No dia 15, um decreto proibiu a criação de novos PCCRs e o
pagamento de algumas gratificação. No último dia 27, um novo decreto, o
de nº 954, suspendeu a concessão e o pagamento de tempo integral e
serviços extraordinário.
Para Valdo, as determinações consistem
em manobras desrespeitosas por parte do governo. “Ele (o governo) quer
economizar cerca de R$ 60 milhões e retira isso do bolso dos
trabalhadores. No ano passado, o governo gastou R$ 42 milhões com
publicidade”.
Amanhã, serão os servidores da Santa
Casa que irão cruzar os braços. Valdo ressaltou que neste hospital os
servidores teriam motivos de sobra para suspender as atividades. “Além
do corte de gratificações eles pedem melhores condições de trabalho”.
A partir de hoje, os professores da
rede pública estadual começam a mobilizar a categoria para assembleia
que vai ocorrer no próximo dia 6. O diretor do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Maurilo Estumano,
ressaltou que este mês, os servidores deveriam receber um retroativo
referente a 2011, mas o pagamento não veio no contracheque.
O professor ressaltou que existe um
acordo judicial que estipula que o governo pague o retroativo do piso de
2011 e a correção de 8,32% indicado pelo MEC para a data base da
educação. “Mas até agora a Sead não cumpriu com as datas que ela mesmo
estipulou e não pagaram o retroativo”.
Por Francisco Portela e Edila Aranha
Fonte: (Diário do Pará)
0 comentários:
Postar um comentário