Municípios de
difícil acesso e contratação de professores temporários sem formação
docente que habilita a atuação em salas de aula. Estas são algumas das
justificativas dadas por Ana Cláudia Hage, diretora de ensino
fundamental e médio da Secretária de Estado de Educação (Seduc), para
que 82% dos professores do ensino fundamental da rede pública de ensino
do Pará não tenham formação nas áreas que atuam.
O dado levantado pelo Censo Escolar
2013, e consolidado pelo movimento Todos pela Educação, foi publicado
na edição de domingo do DIÁRIO e mostrou o Pará como o sexto pior
Estado com falta de formação dos professores na rede pública de ensino.
Segundo a diretora, o dado ainda é muito
elevado porque o estudo leva em consideração municípios de diferentes
realidades. “Este é um resultado relativo. Ainda temos um resíduo de
professores sem formação atuando em municípios pontuais que apresentam
problemas bem específicos, como a dificuldade de acesso. Alguns deles
acabam piorando índice do Estado como um todo”, explicou.
Segundo a Seduc, a falta de formação
docente vem sendo combatida por meio do Programa de Formação
Profissional Docente (Parfor). Desde 2009, quando o programa federal
foi implantado através de cursos de correção da formação oferecidos
pelas universidades públicas, cerca de 700 professores concluíram o
curso de complementação da formação para se adequarem à atuação em sala
de aula, diz a Seduc.
Entretanto, cerca de 19.700 professores
da rede pública ainda realizam cursos para a correção da formação para
a disciplina que atuam. Daqueles professores em formação, 900
professores são da rede pública estadual. “Vemos que o Censo Escolar
retrata, principalmente, os professores de rede municipal”.
A carência de professores com formação
dispostos a trabalhar no interior está também entre as justificativas
para a disparidade de qualidade da formação docente no Estado.
Por Francisco Portela e Edil Aranha
Fonte: (Diário do Pará)
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