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Grupo de índios tenta ocupar canteiro de obras de Belo Monte, diz CCBM

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Consórcio Construtor de Belo Monte confirma tentativa de ocupação.
Grupo teria usado barcos para chegar ao local pelo rio Xingu.

Vitória do Xingu, sudoeste do Pará. Os índios deixaram o local após cerca de meia hora.
Manifestantes bloqueiam acesso de operários aos
canteiros de obras de Belo Monte desde quinta (22).
(Foto: Glaydson Castro/Tv Liberal)
Um grupo de cerca de 20 índios entrou no sítio Pimental na tarde deste domingo (25), de acordo com informações do Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM). O grupo usou embarcações para chegar ao local, onde está localizado um dos principais canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em
A ocupação faz parte dos protestos realizados por ribeirinhos e por representantes de cinco etnias indígenas desde a última quinta-feira (22) na região. Os manifestantes pedem agilidade na implantação do plano básico ambiental, uma das condicionantes da construção da usina. Também é reivindicada a construção de casas, postos de saúde e escolas nas aldeias, além da realocação de indígenas e ribeirinhos de comunidades afetadas pelas obras da usina.
 
As estradas de acesso aos canteiros de obras da usina seguem bloqueadas em dois pontos, onde os manifestantes impedem o acesso dos funcionários e permitem apenas a passagem dos demais veículos não relacionados às obras. Segundo o CCBM os operários que moram em Altamira – e representam 40% do total – não estão trabalhando porque não conseguem ter acesso aos canteiros de obra.
Para desobstruir as estradas, os manifestantes pedem a presença dos presidentes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Norte Energia nas negociações. Na última sexta-feira (23) um ônibus foi incendiado durante os protestos.

Norte Energia nega descumprimento De acordo com a Norte Energia, a empresa e a Funai assinaram na quarta-feira (21) o termo de compromisso do Projeto Básico Ambiental-Componente Indígena (PBA-CI), um dos condicionantes do licenciamento ambiental da hidrelétrica, expedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O documento assegura a realização de ações firmadas pelo consórcio com a Funai e lideranças de 11 terras indígenas na região do Xingu, atendidas pelo PBA-CI.

 

Por Francisco Portela e Edil Aranha

Fonte: G1/PA

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