O Pará manteve a trajetória ascendente
na geração de empregos e fechou o último mês de julho com o melhor
desempenho do ano. Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgados na última quinta-feira pelo Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE), o nível de emprego no Estado apresentou um
aumento de 6.287 postos de trabalho, equivalente a elevação de 0,79% em
relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês de
junho – segundo melhor desempenho dentre as 27 unidades federativas,
superado apenas pelo Tocantins, com elevação de 1,05%. Em números
brutos, o Estado só ficou atrás do saldo de São Paulo, que apontou
acréscimo no mês de julho de 8.308 vagas.
O levantamento do Caged revela que em
julho foram feitas 35.081 admissões no Estado contra 28.794
desligamentos. O saldo chega a ser 60% acima da marca apontada no mesmo
mês do ano passado, quando foram registrados mais 3.792 empregos com
carteira assinada. Os dados paraenses chamam ainda mais a atenção quando
comparados aos índices nacionais. Em completa contramão, o País
apresentou uma queda de 71,5% no estoque de vagas abertas no mesmo
período – caiu de 41.463 postos de trabalho em julho de 2013 para 11.796
no mês passado. A marca é, inclusive, o pior resultado para meses de
julho desde 1999 no Brasil. Esse péssimo desempenho levou o ministro do
Trabalho, Manoel Dias, a definir esse momento como o “fundo no poço”.
Dentre os Estados, Rio de Janeiro
(-7.049 vagas formais), Rio Grande do Sul (-6.390) e Minas Gerais
(-5.197) foram os que mais contribuíram para a quase inerte geração de
emprego no País. Considerando somente os Estados da região Norte,
Tocantins apresentou o segundo melhor saldo de empregos, com mais 1.762
postos de trabalhos; seguido por Rondônia, com mais 793; Acre, com 412;
Amapá, com 226; e Amazonas, com 20. Na outra ponta, Roraima apresentou
perda, com saldo negativo de menos 62 postos de empregos formais. No
geral, os estados nortistas concluíram o mês de julho com 83.986
admissões contra 74.548 desligamentos gerando um saldo positivo de 9.438
postos de trabalhos formais e crescimento de 0,50% no emprego formal.
Setores
As altas nos indicadores paraenses,
segundo o Caged, decorreu, sobretudo, do crescimento do emprego no setor
da Construção Civil, com aumento de 4.727 postos (alta de 3,52% em
relação ao mês anterior). Também apresentaram ampliação os setores de
Indústria de Transformação, com mais 805 empregos formais (+0,89%);
Serviços, com 554 postos (+0,21%); Agropecuária, com 407 (+0,71%); e
Extrativa Mineral, com 164 (+0,88%). Por sua vez, o setor de Serviços
Industriais de Utilidade Pública foi o que apresentou o maior recuo na
geração de empregos formais (-68) com decréscimo de 0,75%, seguido pelo
Comércio (-286), com decréscimo de 0,14%.
De acordo o balanço do DIEESE/PA, com
base nos números do Caged, o emprego formal nos sete primeiros meses de
2014 apresentou crescimento de 2,93%. Foram feitas no período no Estado,
240.618 admissões contra 217.596 desligamentos, gerando saldo positivo
de 23.022 postos de trabalhos. No mesmo período do ano passado, o Estado
também apresentou crescimento de empregos formais, porém o saldo de
postos de trabalhos foi menor que o verificado este ano. Foram feitas
naquela oportunidade, 236.210 admissões contra 216.732 desligamentos com
a geração de 19.478 postos de trabalhos.
Ainda com base nesse levantamento, a
maioria dos setores econômicos do Estado do Pará apresentaram
crescimento de empregos formais nesses sete meses do ano, com destaque
para o Setor da Construção Civil com crescimento de 12,99%, seguida do
Setor Serviços com crescimento de 2,42%; Setor Serviço Indústria
Utilidade Pública com crescimento de 2,15%; Setor da Agropecuária com
crescimento de 1,43% e do Setor Extrativo Mineral com crescimento de
1,11%. Também no mesmo período, o destaque negativo ficou por conta do
Setor Comércio com decréscimo de 0,77%.
Municípios
Na avaliação dos municípios, Altamira
continua como o principal polo gerador de empregos do Estado, com 4.938
admissões em julho, contra 2.850 demissões, o que gerou um saldo de
2.088 postos de trabalho (+4,31%). Barcarena aparece em seguida, com
saldo de 495 e aumento real de 2,47 %. Parauapebas é a terceira, com 372
novos postos celetistas, 0,79% a mais do que em maio.
Já Redenção dentre os 144 municípios foi
o que mais reduziu os postos formais (-0,74%), fechando julho com menos
80 postos de trabalho. Tucuruí, na sequência, reduziu o saldo em 50
empregos celetistas (-0,51%); e Breves, com saldo negativo de 41
(-1,03%).
Por Francisco Portela e Edil Aranha
Fonte: ORM News
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