Três homens encapuzados desceram de um carro preto,
invadiram uma casa localizada na passagem Alacid Nunes, no conjunto Maria
Helena Coutinho, no bairro do Tenoné, e mataram a tiros duas mulheres. O crime
ocorreu por volta de 3h30 de ontem e foi testemunhado por um menino de quatro
anos, filho de uma das vítimas. Um amigo das duas mulheres foi baleado no
braço, mas foi levado ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência
(HMUE), em Ananindeua, e o quadro de saúde dele é estável.
Fabiana Brito da Silva, de 25 anos, e Janaína da Conceição
Nogueira, de 40, tinham se mudado para a residência invadida apenas algumas
horas antes do crime. A equipe da Divisão de Homicídios foi ao local e a
delegada Maria Lúcia foi informada que os homens chegaram em um veículo preto e
três deles invadiram o imóvel. Tudo indica que o quarto criminoso tenha ficado
no carro para dar fuga aos demais.
Fabiana e Janaína, que eram amigas, estavam acompanhadas de
um amigo, que foi identificado apenas como Andrey. Os três dormiam em quartos
separados no momento do crime, mas Fabiana estava na cama com o filho de quatro
anos. A criança viu a mãe ser morta a tiros.
Érica Araújo Brito disse que a irmã Fabiana, que morava no
bairro do Bengui, tinha acabado de se mudar para aquela residência com a amiga
Janaína. "A Janaína já morava nessa rua, mas em outra casa. Elas decidiram
dividir a casa e se mudaram", afirmou.
A irmã de Fabiana registrou o duplo homicídio na seccional
de Icoaraci e declarou à polícia que a irmã era usuária de droga. Ela acredita
que o crime foi encomendado e que Fabiana foi vítima de um acerto de contas.
Além da morte da irmã, Érica lamentou o fato de o sobrinho ter visto a mãe ser
assassinada.
"Ele vai ficar comigo, ele está em estado de choque,
não fala nada. Depois de passar esse momento de tumulto, vamos procurar
atendimento psicológico para ele", disse a tia da criança.
Depois que os homens encapuzados fugiram do local do crime,
os vizinhos entraram na casa e socorreram a criança e o rapaz baleado no braço.
No início da tarde de ontem, Érica foi informada que Andrey havia sido
encaminhado para o HMUE e que estava fora de perigo. "A mãe dele está lá e
a última informação é de que o quadro dele não é grave", acrescentou a
irmã de Fabiana. Andrey deve ser ouvido pela polícia, quando se recuperar, para
contribuir com as investigações.
Os peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves
não quiseram dizer quantos tiros cada vítima recebeu, mas os moradores da área
onde o crime ocorreu informaram que foram disparados muitos tiros dentro da
residência invadida.
Por Francisco Portela e Edil Aranha
Fonte: Folha do Pará
0 comentários:
Postar um comentário