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Norte Energia repudia ações de indígenas

terça-feira, 27 de maio de 2014

Em nota divulgada hoje à imprensa a Norte Energia S.A., empresa responsável pela construção e operação da UHE Belo Monte, informa que vem negociando desde quinta-feira à noite (22/05/2014) com os indígenas que sequestraram diversos ônibus que transportavam trabalhadores para os canteiros da obra da UHE Belo Monte e iniciaram um bloqueio, com os próprios veículos, na BR-230, na altura do KM 27, impedindo a passagem de pessoas e veículos da obra. A Norte Energia vem negociando e apresentando todos os investimentos através de obras e ações realizadas nas aldeias indígenas da região, algumas há mais de 500 km do empreendimento.

Outra importante ação da Empresa foi a assinatura do Termo de Compromisso entre a FUNAI e a Norte Energia para a gestão do PBA-CI, Projeto Básico Ambiental do Componente Indígena - que, inclusive, institui um Comitê de Acompanhamento das obras e ações formado por representantes dos indígenas.

A Empresa repudia qualquer obstrução para a realização do trabalho nos canteiros da obra e o direito de ir e vir de seus colaboradores. Neste sentido, recorreu judicialmente e obteve liminares garantido o direito de passagem de seus veículos e colaboradores e a proteção do seu patrimônio físico.

A Empresa repudia também a tentativa de invasão no final da tarde deste domingo (25/05/2014), quando um grupo de cerca de 20 invasores abandonou o processo de conversa em curso e tentou ocupar instalações das obras em um dos canteiros da Usina. Os manifestantes que chegaram ao local em dois barcos, foram dispersados e retirados do canteiro. No local trafegam veículos pesados, máquinas e guindastes, além de milhares de trabalhadores da obra.
Além disso, em nada contribui para as negociações as ameaças contidas nas palavras de alguns líderes durante entrevista coletiva convocada na noite de domingo e reproduzida parcialmente nesta manhã por jornalistas. Na entrevista, as palavras “guerra” e “sangue” foram abundantemente usadas em tom de ameaça à empresa e à Justiça, por esta haver restabelecido a legalidade rompida pelos manifestantes.

A ação dos manifestantes, que desde a noite de quinta-feira (22/05/2014) impedem a entrada de trabalhadores e fornecedores de insumos em canteiros da obra e outras instalações da Norte Energia, não causa apenas prejuízos ao País e à empresa, mas também causa intranquilidade a moradores da região e aos familiares de funcionários que se viram separados de seus entes pelas barreiras que, à força, impedem o direito constitucional de ir e vir.

Os manifestantes pedem que o consórcio Norte Energia cumpra com urgência o plano básico ambiental.




Por Francisco Portela e Edil Aranha 
Fonte: O Xingu 

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